Nos últimos 20 anos, dentre as tecnologias desenvolvidas a suplementação a pasto talvez seja a que possibilitou maior incremento na produção de bovinos de corte. No entanto, um desafio constante é prever o impacto que a suplementação terá no desempenho dos bovinos.
No Brasil, na produção de bovinos de corte, as gramíneas forrageiras constituem a principal fonte de alimentos, porém algumas de suas características estão sujeitas a sazonalidade de produção. Ou seja, na época seca do ano, não suprem os requerimentos nutricionais dos animais.
No período seco, os teores de proteína bruta (PB) da forragem disponível, frequentemente não atingem o valor mínimo de 7,0 %, limitando a atividade dos microrganismos do rúmen. Os baixos teores de PB afetam a digestibilidade e o consumo de forragens, ocasionando baixo desempenho animal, nessas condições, torna-se necessário corrigir a deficiência proteica.
A suplementação proteica estimula o consumo voluntário e a digestibilidade da fração fibrosa, consequentemente, melhora o desempenho animal e evita perda de peso.
Durante a estação seca, as pastagens consumidas pelos animais são, em sua maioria, de baixa qualidade, contendo alto teor de fibra (fibra detergente neutro – FDN) e baixo teor de proteína.
Com isso as partículas alimentares são reduzidas mais lentamente e, consequentemente, aumenta-se o tempo que estas permanecem no rúmen, o que leva a redução do consumo alimentar (RAPOSO, 2014).
Nesse cenário, a utilização de suplementos proteicos, permite corrigir deficiências específicas de nutrientes na forragem para maximizar a utilização pelos microrganismos ruminais e potencializar o ganho de peso.
A adoção da suplementação proteica com fontes de nitrogênio não proteico ou fontes de proteína verdadeira, associadas às misturas minerais na dieta dos animais sob pastejo no período seco ou nas águas é uma estratégia eficiente para garantir melhores desempenhos produtivos dos animais.